quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ipod no palito


Nunca vi uma promoção tão doida nem tão legal como essa: na compra de um Picolé Fruttare você pode encontrar um Ipod Shuffle. Não, não é encontrar um palito premiado e trocar por um Ipod, tipo de promoção que se faz há 20 anos: é achar o Ipod mesmo, resistindo a -20oC dos -40 a que ele pode resisitir. Uma vez encontrado, o(a) sortudo(a) deve ligar para o 0800 mais o código indicado para receber em casa o manual de instruções, o certificado e, é claro, o seu Fruttare. Um cliente como Kibon, um parceiro como a Apple e a profissionais criativos da McCANN dá nisso. Alguém tem dúvida que essa promoção vai ser um sucesso? Até eu que não sou chegada em picolé neste verão vou dar uma conferida. A Glitter que vai adorar! Uma matéria sobre o tema está aqui e comentários sobre a concepção da idéia aqui. S*

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

The Cult of the Amateur


O título do livro sugere que o autor, Andrew Kenn, gosta da idéia. Mas não. O palanque digital da Meio Digital, publicação digital e impressa da Meio e Mensagem, diz que o analista, consultor e escritor supracitado vê a internet como povoada por amadores que ameaçam a cultura e o conhecimento e que hoje qualquer idota vira um gênio. Não precisa nem dizer que ele odeia a Wikipedia. Ao que parece, essa é a polêmica da vez. Ai, não dá vontade nem de argumentar que:

1) idiotas "viram gênio" também fora da internet e, portanto, isso não é privilégio do meio e exige uma contextualizada cultural;
2) by the way, o que ele considera gênio? Alguém que tem popularidade? Ele tá precisando rever seus conceitos, com o que voltamos ao contraponto 1;
3) boa parte, senão tudo, que temos de bom em termos de conhecimento hoje resulta de alguma forma da cultura colaborativa.

E isso só para começo de conversa. A primeira coisa que eu pensei é que ele deve ser consultor da Microsoft. Na verdade, isso poderia ser uma polêmica lá em 2001. O pior, é que apesar da maioria das pessoas não concordarem com ele, tem bastante gente que votou a favor. Medo!Indignem-se aqui.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

sobre o vídeo

ah, só para contextualizar: o vídeo abaixo foi escolhido o melhor entre vários enviados ao You Tube. Paula Jung

Laços (Ties) - Project: Direct

Adorei esse vídeo. Pensei em compartilhar com vocês.

Reta final

Ainda que as aulas e as bancas de Trabalho de Conclusão de Curso tenham passado, outros desafios apareceram desde a semana passada.

# Última apresentação/publicação de artigo do ano:
Quinta-feira passada, eu e meu bolsista Jr, apresentamos o artigo Análise de Redes Sociais em Blogs de PNE, no X Ciclo de Palestras Novas Tecnologias na Educação, no Cinted na UFRGS. Nós adoramos ter escrito este artigo. Eu recomendo os amigos e amigas que pesquisam nessa área a apresentarem trabalhos lá, pois além de ser um evento cheio de temáticas diferentes das que estamos acostumados na nossa área, ainda que a tecnologia seja comum a todas elas, o aceite do paper no Ciclo condiciona uma publicação em B Nacional (RENOTE - Revista Novas Tecnologias na Educação). Outro ponto interessante é que acontece em POA, em julho e em dezembro, evitando gastos com passagens e diárias. Para quem não mora aqui, o evento conta com toda uma parafernália para a transmissão das apresentações em vídeoconferência. Alguns apresentam dessa forma, de outros lugares do Brasil.

# Workshop Inclusão Social e Acessibilidade na UFRGS
No mesmo dia e em paralelo ao evento, aconteceu esse workshop organizado pela Liliana. O objetivo era apresentar e discutir os artigos feitos pelos alunos dela de mestrado desta disciplina, no Mestrado em Informática na Educação. Ela disse que as discussões eram tão boas que não podiam ficar só na sala de aula. É uma idéia interessante e estava, realmente, muito legal. Entre os alunos, havia programadores, designers, professores, fisioterapeutas, mostrando diferentes abordagens para o tópico da disciplina. Tive várias idéias...

#Seminário Inclusão Social e Acessibilidade de Portadores de Deficiência no Trabalho
Esse foi na Feevale ontem durante o dia todo. Devido à regulamentação da implementãção da lei de cotas para PDD nas empresas, surgem várias questões interessantes de serem pesquisadas. Houve palestra com representantes do Estado (Ministério do Trabalho), de empresa (Feevale) e de ONGs (AFAD, Rumo Norte) sobre a questão. Muitas iniciativas deverão ser tomadas para preparar essas pessoas para o mundo do trabalho, para acolhê-las nas empresas (acessibilidade arquitetônica, digital, alterações nos departamentos de RH, e por aí vai) e para formá-las (desenvolvimento de tecnologias assistivas, softwares educativos voltados para diferentes necessidades especiais, etc.). Vejo nisso uma oportunidade de trabalho para muita gente, como se um novo paradigma estivesse surgindo. Não vejo como a acessibilidade digital não emplacar com tudo isso acontecendo.

# Processo seletivo do Mestrado em Inclusão Social e Acessibilidade
Sobre isso, posso mostrar dados que apontam para uma confirmação quanto ao que disse antes: gente, tivemos 56 inscritos em nossa primeira seleção. São 15 vagas. A procura pelo mestrado confirma que estamos indo na direção certa.

Sandra

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Houellebecq: writer, storyteller and singer







Pois é, Sandy, fui no FP na terça assistir a conferência do Houellebecq. Como nós já havíamos comentantado sobre o modo super realístico e quase cruel com os quais trata a humanidade nos seus livros, e que no início até me chocou, incrivelmente a figura dele é meiga, olhem na foto com o cachorro.. Nem parece aquele cara que descreve as relações amorosas de Partículas Elementares. Já no coquetel de encerramento fiz as minhas observações antropológicas sobre ele. Não tem lugar melhor para se fazer etnografia do real do que no habitat social, ainda mais com espumante. hehehe. o que deve ter influenciado Houellebecq a beber mil copos de água durante a palestra. bom, mas como é final de semestre e preciso acabar de ler a monografia da Michele sobre 300 e Sin City, vou deixar este post completo para o final de semana. Tratar de Houellebecq é muito complexo, sobretudo porque ele falou desde o imperialismo da democracia, do modelo norte-americano, das diferenças entre ser writer e story teller, das semelhanças entre Brasil e Rússia, do futebol, da falta de orgulho que toma conta dos franceses, de Tocquevile, da influência da vida amorosa/sexual na produção intelectual e etc. Para quem quiser matar a curiosidade com a versão poética e musical de Houellebecq legal conferir o vídeo abaixo chamado Playa Bianca http://www.youtube.com/watch?v=grsS3XrFYO0. Enjoy!!! Mas não esperem muito das imagens. well, see you soon. Paula Jung.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Michel Houllebecq em POA + nota de repúdio


Depois da Edição dos 100 Filmes Essenciais (Ago/07), a Bravo! lançou uma sobre 100 Livros Essenciais (Nov/07). Comprei as duas, sendo que esta última eu devorei quase toda nas duas horas de espero no Aeroporto em POA ainda, na semana passada. Ainda bem, porque depois eu fiz o favor de esquecê-la no Hotel em SP (junto com a Veja SP que a Alice tinha me emprestado). Apesar de ser um belo trabalho de catalogação, não fica claro quais foram os critérios adotados para a seleção, nem tampouco, quem fez essa seleção. Além de algumas surpresas (J. M. Coetzee tava lá, mas não com o melhor livro dele, na minha opinião; descobri Ian McEwan, um irlandês que, segundo a Ana, é um dos mais respeitados escritores britânicos da atualidade e que entrou na minha Wishlist de Natal com Reparação) e aspectos sobre a vida dos autores (que eu adoro), não achei Michel Houellebecq por lá. Fiquei puta! A Ana acha que apesar de bom, ele pode não ser essencial. Eu li quase tudo dele, um livro supera o outro, são, praticamente tratados literários sobre a humanidade no fim do século XX em diante (bem adiante no caso da ficção científica Possibilidade de uma Ilha - 2006). Ele cria imagens belas e inequívocas sobre os sentimentos e escreve poesia lá pelas tantas. A que explica o título deste livro me deixou muda. Nesse último livro, o cara teve que escrever ficção científica para chegar onde ele precisava. Formalmente, o texto é incrível, fazendo com que narrativas paralelas, em dado momento, se confundam. Ele é o cara e tem papel fundamental sobre o meu imaginário sobre Paris. Pois é, ele hoje estará em POA, no Fronteiras do Pensamento, e eu não vou estar lá. Tudo bem que escritores servem mais para ler do que para ouvir falar. Ao contrário de sua narrativa, corrosiva, soco no estômago como eu costumo falar, o Juremir diz que ele é muito doce e quieto. Acho isso tão bizarro. Eu não consigo imaginar como isso seja possível. Por tudo isso eu adoraria vê-lo. Como tiete mesmo, para babar. Paulinha e MC, por favor, façam a cobertura desta que era a palestra que eu mais queria ver. S*

domingo, 2 de dezembro de 2007

Visões perigosas de SP

São Paulo continua encantadora, mais uma cidade em que eu poderia morar sem nenhum problema. Ou melhor, "a" cidade em que eu gostaria de estar morando agora. Cidade misturada e, por isso, interessante, acolhedora e tolerante. Na mistura, tem-se mais espaço para levar suas idiossincrasias ao limite, o que gera profundidade. Tá, tem aquele trânsito maldito, mas nem tudo é perfeito. Cheguei lá quinta e saí de lá ontem. Pontos altos:
Reunião da ABCiber - Como sempre, densa e enriquecedora. Tenho aprendido muito participando delas. Junto com a Adri e a Luísa, apresentamos nossa proposta de site para a Associação, ouvimos as considerações do pessoal e vamos tomar as providências cabíveis. Pena que o Sérgio Amadeu não foi. Foi bom rever alguns, conhecer outros, aproximar-se de outras. Ano que vem tem mais.
Cocktail Machina Festival - Ou, "a cena industrial de SP". Apesar do cansaço mental e corporal (atraso no vôo, correria, reunião) foi muito revigorante ter ido ao Audio Delicatessen. Foi uma experiência estética. As pessoas foram muito legais com a gente, até me senti familiarizada com aquelas sonoridades e tal, sem saber muito bem onde eu tava pisando. E outra: ver uma amiga virar musa na cena não tem preço. Parabéns e obrigada, Adri. Quero mais do mesmo da próxima vez.
Yoko Ono. Uma retrospeciva - Y. O. encarna o amor e a compreensão profundos, parece ser uma criatura cheia de vida e insiste para que as pessoas encontrem isso em si mesmas. Sua obra é de uma generosidade sem tamanho. Acho que é impossível ignorá-las. Fui à essa exposição por sugestão da Maria Alice. Não encontrei lá no Centro Cultural Banco do Brasil ninguém que eu esperava encontrar, mas talvez isso tenha sido bom. Senti aquelas obras de uma maneira tão intensa, não tinha com quem dividir tudo aquilo, fiquei com tudo isso só para mim por um tempo. Uma obra de arte, para ser chamada assim, deve nos fazer refletir, rever determinados pontos, tirar-nos do nosso prumo. Aconteceu isso. Para mim, que sinto profundamente tanta raiva de certos comportamentos, que sou mais direta do que deveria ser às vezes, que muitas vezes sou tomada pela parte e não pelo todo, e que sinto raiva por causa disso, me senti ridícula diante de tanta beleza e de tanta tolerância. A mostra é diversificada e me chamou atenção, particularmente, quadros com frases de Y. O., fonte preta em fundo branco. Simples assim. Vocês sabem, que a palavra escrita exerce um fascínio sobre mim e é uma dessas obras, que mais me tocou, que vou tentar reproduzir abaixo, senão na forma, talvez no conteúdo:
Cada planeta tem a sua própria órbita. Às vezes, devemos entender as pessoas como planetas. Apenas observando-as em movimento, girando em sua própria órbita e brilhando. Y. O.