terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Diversão para as semi-férias

Dezembro me atropelou de tal forma que não fiz uma única postagem. Juntou a síndrome do fim de semestre com a loucura de preparação para as festas de fim de ano (viagens, presentes, shoppings lotados, etc.). Fora todas as outras coisas em andamento, é claro. Como registro, seguem algumas sugestões a partir dos presentes de Natal, que também, obviamente, ocuparam-me entre uma festa e outra.

# Melhores entrevistas da revista Rolling Stone. Jann S. Wenner e Joe Levy (2008) editaram 40 entrevistas entre as publicadas pela Rolling Stone desde 1967.

A seleção pega cantores, músicos, produtores musicais, diretores de cinema, personalidades da política, jornalistas. Não só os entrevistados, mas os entrevistadores também são bem interessantes (Truman Capote é entrevistado por Andy Warhol, por exemplo). Seguem alguns dos ilustres entrevistados:
- Pete Townshend;
- John Lennon;
- Ray Charles;
- Johnny Cash;
- Brian Wilson;
- Jack Nicholson;
- Jim Morisson;
- Eric Clapton;
- Tina Turner;
- Axl Rose;
- Kurt Cobain;
- Courtney Love;
- Mick Jagger;
- Keith Richards;
- Bono, entre vários outros.


Não li tudo ainda, mas já gostei do que vi. Considero a resposta de Eric Clapton sobre a relação de artistas com as drogas, tema comum a todas as entrevistas que li até então, o que imagino ser a explicação mais plausivel e até aplicável aos demais. Ele soube formular de maneira fácil o que deve pegar mesmo. A qualquer tipo de artista. Mas não quero estragar a surpresa de quem ainda vai ler.


# DVD Mamma Mia! O Filme

Depois de ver duas vezes no cinema (uma em pré-estréia), elegi este DVD como um dos que deveriam fazer parta da minha seletíssima dvdoteca (praticamente só tenho DVDs de musicais). O filme é divertidíssimo, musicalmente bom (tem altos e baixos) e bastante "libertador", como diz a Glitter.

Não tive tempo de ver os extras ainda, comento em outra hora. Espero ver o musical em si ainda.


# Maysa. Quando a música fala ao coração.

Aguardadíssima minissérie desde que eu li, no ano passado, a Biografia Maysa. Só numa multidão de amores, de Lira Neto (2007). Não conhecia ela, só de ouvir falar. A música dela não me trai tanto quanto a sua história. Ela era inteligente e como sabia se promover. Tinha uma relação bem de amor e ódio com a mídia, fazendo dela o que bem entendia. Sumia por um tempo e aparecia em grande estilo. Tô gostando do que vi até agora. Gosto da biografia que serve de base para a minissérie , um trabalho de pesquisa realmente muito sério (bem melhor do que o do Nelson Motta para a biografia do Tim Maia, que eu também li no ano passado, ainda que a história dele supere qualquer limitação de pesquisa), do diretor (Jayme Monjardim, filho de Maysa) e do Manoel Carlos, que fez a adaptação. E como é parecida com ela essa Letícia Maciel...Mais informações aqui.


Além dos barracos e chiliques homéricos (ela devia ser insuportável para conviver), é imperdível uma "auto-entrevista" dela para a Revista Manchete, eu acho. É uma das melhores coisas que já vi escrita na vida. Se o livro fosse meu, eu reproduziria parte dela aqui, mas foi emprestado.

Update: Lembrei de um pedaço. Era mais ou menos assim:

Maysa pergunta: És masoquista?

Maysa responde: Sim. A coisa que eu mais odeio no mundo
é gente burra e eu vivo cercada de um monte delas.

Um show de sarcasmo, que por mais que seja chato e inconveniente às vezes, exige uma boa conexão entre o Tico e o Teco.