Gente, li isso na Veja (10 de maio de 2006) e fiquei extasiaaaaada. É uma exposição que está em cartaz desde a semana passada no
Metropolitan Museum of Art, em Nova York. Não sou tão chegada assim em moda. O que mais me interessa é o aspecto antropológico que reside nisso tudo. De um lado, há a representação de séculos de nobreza e de divisão de classes. De outro, manequins vestidos de punks, com cabelos moicano espetados. "É uma mistura entre o passado e o presente. Acho que a energia criativa na Inglaterra é, em grande parte, resultado do choque entre os dois. A transgressão só existe quando há tradição contra a qual se rebelar", diz Andrew Bolton, curador da exposição e diretor do Costume Institute. E não se´precisa falar mais nada. Fala-se de estilistas saídos da Inglaterra que foram brilhar em maisons francesas, graças a sua impetuosidade criativa. E a parte moderna da amostra começa em 1976, ano de início do punk (e do meu nascimento). Tem até a jaqueta do Johnny Rotten, do Sex Pistols. Falam da Anglomania, um termo cunhado no séc. XVIII, quando a Europa Continental se apaixonou por tudo que vinha da Inglaterra , tipo assim, que nem eu. Para terminar, reproduzo a frase de encerramento triunfal da matéria: "Vê-los juntos (vestidos de época de Worth e um Galliano que tem até penas de corvo) é entender como a Inglaterra foi, é e provavelmente continuará sendo: uma ilha de transgressão cercada de tradição por todos os lados. Ou vice-versa".