sábado, 20 de maio de 2006

Ainda mais poesia

Já que o assunto é poesia,
republico aqui o que postei lá no meu blog.
Um dos meus poemas favoritos de todos os tempos.
E um dos que mais me identifico.
Viva o mestre Allan Poe, de Boston!

Alone
From childhood's hour I have not been
As others were — I have not seen
As others saw — I could not bring
My passions from a common spring
From the same source I have not taken
My sorrow — I could not awaken
My heart to joy at the same tone
And all I lov'd — I lov'd alone
Then — in my childhood — in the dawn
Of a most stormy life — was drawn
From ev'ry depth of good and ill
The mystery which binds me still
From the torrent, or the fountain
From the red cliff of the mountain
From the sun that 'round me roll'd
In its autumn tint of gold
From the lightning in the sky
As it pass'd me flying by
From the thunder, and the storm
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.

E. A. Poe

Mais poesia



Dessa vez, fui atrás de uma de um dos homônimos do Fernando Pessoa. Portugal está muito presente no meu imaginário ultimamente. Nesta noite, sonhei que estava lá. Na cidade d'O Porto, de noite, olhando para o mar e lendo Fernando Pessoa. Ah, e recebi um e-mail da Cicília Peruzzo dizendo que um texto meu e da Paulinha sobre o local e o global na cibercultura está publicado no Anuário Internacional de Comunicação Lusófona. A própria Paulinha me falou sobre isso pelo Skype na quinta. Segue um poema forte, lindo e que eu adoro...

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,

Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,

E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914


Girls!!! Momento de reflexão, (ciber)terapia em grupo, leiam abaixo: e comentários please

Há duas tragédias na vida: uma, a de não alcançarmos o que o nosso coração deseja; a outra, de alcançá-lo.
Bernard Shaw