sábado, 21 de abril de 2007

Mamãe foi para o Alaska

Adorei Mamãe foi para o Alaska (Direção de Ramiro Silveira, com Carlos Ramiro Fensterseifer, Evandro Soldatelli, Carlos Cunha e Arlete Cunha), peça adaptada do clássico texto True West de Sam Shepard, que assisti ontem no Teatro Renascença. O prêmio revelação foi para o Carlos Ramiro, que era professor no curso de Moda da Feevale e que na época eu nem sabia que ele era um baita ator. Após a peça, teve um debate sobre a peça do qual aPaula participou, ao lado de uma psicóloga e de um professor de Artes Dramáticas. A Paula fez a melhor participação. Falou coisas inteligentes a partir de uma linguagem acessível a todos, acrescentou o seu ponto de vista quanto à peça, a partir de elementos utilizados quanto a recursos audiovisuais utilizados (lembro a todos que se tratava de um debate, sexta-feira, às onze da noite), sua área de interesse e de conhecimento. O professor apenas resumiu o que tínhamos visto. Gente, era um debate, e todos tínhamos visto a peça. Cadê a opinião dele, um ponto de vista original, particular sobre a peça, algum ponto polêmico sobre a peça? Afinal se ele estava lá, a princípio deveria fazer alguma coisa que os outros não poderiam!!! A psicóloga citou Foucault, Nietzche e Deleuze e Guatarri para falar algo que a princípio poderia ser aplicado a qualquer peça: cada vez que vemos uma peça ela parece diferente. Depois da minha pergunta-análise do debate para ela, em que pedi a aplicação daquilo tudo àquela peça específica, veio uma resposta consistente. Devia ser umas 23h25 a essa altura. O melhor do debate aconteceu no carro do Lutti, com o Dionei, a Ana e a Paula e eu, porque aí entrou o viés estético do Lutti e a experiência com teatro do Dionei.

Em síntese, ficam as perguntas: por que existem pessoas que tendem a fazer do conhecimento e da cultura uma coisa chata, pesada, sem cor, cheiro, nem gosto, quando há tanto de belo e sedutor a ser explorado? Por que, para muitos, tem que ser assim para que algo seja considerado "sério" e consistente? Por que tanta falta de sensibilidade com uma platéia que acabou de se esbaldar com excelentes atuações e recursos audiovisuais dos mais diversos?

Celacom 2007

Inclusão social via acessibilidade digital: proposta de inclusão digital para pessoas com necessidades especiais ”, texto meu e da Liliana foi aceito para ser apresentado no CELACOM 2007 que acontecerá na Universidade Católica de Pelotas, em Pelotas, Rio Grande do Sul, de 07 a 09 de maio de 2007. Tô muito feliz porque, além de poder apresentá-lo em um evento internacional, vou conhecer Pelotas, cidade de muita gente legal da minha área de estudos. E, é claro, não vão faltar a maioria dos colegas de Congresso.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Sobre blogs no Clic RBS

Ainda no mês de comemoração dos dez anos de blogs, leiam aqui matéria de Cleber Corrêa sobre o tema no Clic RBS. Algumas opiniões minhas e da Raquel constam no texto. Outra matéria do mesmo jornalista traz minha contribuição também sobre a credibilidade dos blogs no Brasil e a possibilidade de se fazer dinheiro com os mesmos por aqui.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Código de conduta em blogs

Li na Wired, na coluna The Luditte, by Tony Long, um artigo classificando como "perda de tempo" a proposta de um código de conduta na blogosfera, feita por Tim O`Reilly. Na verdade, a proposta de O`Reilly não se refere a nenhum tipo de regulação legal ou governamental, mas de auto-regulação, "boas maneiras" em blogging. Assim como Tony Long, considero "perda de tempo" é uma boa definição para essa medida. Não faz mal nenhum, mas também não deve vir a mudar nada. Para mim, a espontaneidade dos blogs é a sua grande força, e traz com isso, esse outro lado, de abuso verborrágico em alguns comentários. Sobre os stalkers ou trolls, tem um artigo da Adri e de uma colega dela aqui. S*

Up date: Leiam aqui matéria da Folha sobre blogueiros se rebelando quanto ao caso.

terça-feira, 10 de abril de 2007

The State of Live Web

Foi anunciada na semana passada The State of Live Web, relatório do Technorati que vai incorporar o antigo State of Blogosphere. O novo relatório dará conta de outras ferramentas da "mídia social" na web que publiquem vídeos, fotos, podcasts e, é claro, blogs. Uma ênfase bstante expressiva será dada às tags, com o State of Tags. Fiquemos, por enquanto, com dados referentes aos blogs:
- 70 million weblogs;
-About 120,000 new weblogs each day, or...
1.4 new blogs every second;
- 3000-7000 new splogs (fake, or spam blogs) created every day;
- Peak of 11,000 splogs per day last December;
- 1.5 million posts per day, or...
- 17 posts per second ;
- Growing from 35 to 75 million blogs took 320 days;
- 22 blogs among the top 100 blogs among the top 100 sources linked to in Q4 2006 - up from 12 in the prior quarter;
- Japanese the #1 blogging language at 37%;
- English second at 33%;
- Chinese third at 8%;
- Italian fourth at 3% ;
- Farsi a newcomer in the top 10 at 1%;
- English the most even in postings around-the-clock;
- Tracking 230 million posts with tags or categories;
- 35% of all February 2007 posts used tags;
- 2.5 million blogs posted at least one tagged post in February.

Up date: Ainda que a tal da Live Web se aproxime bastante da idéia de Web 2.0, é interessante a noção apresentada pelo artigo de Doc Searls indicado pelo Sifry, que contrapõe a web estática (com endereço, locações, arquitetos da informação, transporte de dados, etc.) com essa web viva, com as syndications como motor disso tudo.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Dez anos de blogs no ZH Digital

Em matéria de capa do ZH Digital de hoje, tem matéria de Vanessa Nunes sobre os dez anos dos blogs. Juntamente com o Alex, a Raquel, o Pellanda e o André Lemos, eu dou minha contribuição com a matéria, falando da diversidade de usos dos blogs. Na verdade, na minha opinião, eu falei coisas mais interessantes do que as que foram editadas e com uma formulação igualmente mais bem elaborada. Será que as outras fontes também acharam isso? Confiram a matéria aqui. Bjs, Sandra

domingo, 1 de abril de 2007

atenção: apenas o presente é real

A little bit late, but so happy I`m back. (re)começo falando da noite de abertura da programação de 2007 de Fronteiras do Pensamento. Tive o prazer de assistir a conferência de Luc Ferry, ex- ministro da Educação na França.
Já comentei com a Sandy e com a Paula nessas idas e vindas na estrada da vida sobre pontos importantes que foram apresentados e que me fizeram pensar ainda mais na possibilidade de proximidade, mesmo com todas as ressalvas, entre conceitos filosóficos e obscuridades mais esotéricas/mistícas.
Luc Ferry começou a palestra explicando o que é Filosofia. Assunto complexo que poderia ser resumido na seguinte mensagem “ajudar os seres humanos a ultrapassar os seus medos”. Conforme relatou “espírito crítico, reflexão e argumentação” palavras-chaves utilizadas para se explicar o porquê da disciplina Filosofia instituída na educação na França, não são suficientes, pois “todos têm o hábito de refletir”, porém nem todos os que refletem são filósofos, por essa razão o objetivo da filosofia seria bem mais amplo e profundo.
Para tratar desta questão Ferry fez uma longa, porém entusiasmante, exposição das origens da Filosofia. Em tom didático falou sobre o Estoicismo e das suas influências fundamentais no que pode ser definido como Filosofia, “doutrina da salvação sem deus”. Ferry dissertou sobre conceitos que consistem na base filosófica para a compreensão daquilo que acredita poder levar o homem a acreditar em si e realmente viver o tempo presente, ou seja, a eternidade. O recado final do filósofo foi de que se há amor, lei e cultura é possível alcançar a plenitude da “vida boa”, e isso seria Filosofia. Fácil, não?? of course not, mas temos que tentar... see you soon, Paula J.