sábado, 25 de fevereiro de 2006

Ponto final?

Assisti a Match Point ontem. A-do-rei, como era previsto. Woody Allen e em Londres, só poderia me agradar muito. Os atores estão ótimos! A Scarlett Johanson tinha 18 anos quando fez esse filme. Além de linda, ela é uma das melhores atrizes que estão por aí, na minha humilde opinião. O que é aquele estado de semi-bêbada da primeira conversa a sós com o professor de tênis? Uma bêbada cambaleante deve ser fácil de fazer, mas, e aquela sutileza toda? E os momentos de impaciência e de colapsos nervosos?Um espetáculo à parte. Quanto ao crime, identifiquei alguns pontos fracos. Como é que não foram atrás da arma? Como é que não foram atrás das "colegas de trabalho" de uma das pessoas assassinadas, para recolher depoimentos e possíveis motivos? Tudo bem que a polícia de Londres vem dando mostras de incompetência para o mundo todo ver (o assassinato do brasileiro no metrô de Londres foi um desses casos), mas isso ficou meio ridículo. Tinha até lido a crítica de que Woody Allen tirava um sarro da polícia de lá. O mais legal do filme é que, para mim, ele não acabou. Um casamento morno, uma esposa apenas "doce" na opinião do marido, obcecada por engravidar, uma família que se mete o tempo todo na vida do casal, um emprego de "genro do patrão" com salário compatível, óperas intermináveis...ausência de desafio, de graça, ainda que com vista para o Rio Tâmisa. Algo pode ser mais chato? Só quando não se tem esse salário, essa vista e os museus de Londres por perto, o que, cá entre nós, acontece a torto e a direito. Diante da expressão de Chris na última cena do filme, uma situação que pressupõe alegria e felicidade geral da nação, eu me perguntei: para que lado da rede caiu a bolinha?