domingo, 20 de janeiro de 2008

Férias 2008

Nunca trabalhei tanto em janeiro. Proposta de mestrado, pareceres minunciosos para o livro sobre blogs, gerenciamento de bolsistas, atendimento a editais, redação de artigo, etc.

Entre uma atividade e outra, deu tempo de dar uma atulizada no cinema e a literatura para pura fruição.

Across the Universe (2007) é um musical dirigido por uma experiente diretora do gênero na Broadway, Julie Taymor. Fala sobre o amor entre um jovem inglês e uma norte-americana em plenos anos 60 nos EUA. Todas as 34 canções dos Beatles que aparecem no filme são versões cantadas pelos atores e, com exceção de Something, estão todas maravilhosas. À primeira vista, pode parecer algo rançoso evocar a revolução sexual dos anos 60, as campanhas contra guerra do Vietnã, mas todo este contexto embalado pela música dos Beatles, que estão bem interpretadas, e personificado pelas coreografias bem executadas, é tudo de bom. Até aquela fase mais "ingênua" da banda (Yeah, Yeah, Yeah) não fica deslocada no filme. As letras das canções ajudam a contar a história alternando momentos de muita ternura com outros de porrada comendo solta. Eu adorei.

Quando não estava na praia e tomando sol neste primeiro findi no paraíso, estava lendo Reparação (Ian McEwan, Companhia das Letra, 2002), que conheci pela Revista Bravo 100 Livros Essenciais, e que pedi (e ganhei) de Natal do meu pai. O livro trata de um embate entre realidade e ficção a partir da mente fértil de uma menina aspirante à escritora com consequências desastrosas para um casal de amantes na Inglaterra do século XX. Foi com supresa que descobri que este livro já virou filme com direção de Joe Wrigtht, o mesmo diretor de Orgulho e Preconceito, adaptação de romance de Jane Austen. Ainda que eu tivesse lido que o filme não chegue à altura do livro, Desejo e Reparação (2007) ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme Dramático e Melhor Trilha Sonora na semana passada. O filme já entrou em cartaz nos cinemas, mas quero ler o livro todo primeiro. Estou curiosa para ver como esse livro com um narrativa tão densa pode ter se transformado em filme.