Dessa vez, fui atrás de uma de um dos homônimos do Fernando Pessoa. Portugal está muito presente no meu imaginário ultimamente. Nesta noite, sonhei que estava lá. Na cidade d'O Porto, de noite, olhando para o mar e lendo Fernando Pessoa. Ah, e recebi um e-mail da Cicília Peruzzo dizendo que um texto meu e da Paulinha sobre o local e o global na cibercultura está publicado no
Anuário Internacional de Comunicação Lusófona. A própria Paulinha me falou sobre isso pelo Skype na quinta. Segue um poema forte, lindo e que eu adoro...
O meu olhar é nítido como um girassol.Tenho o costume de andar pelas estradasOlhando para a direita e para a esquerda,E de vez em quando olhando para trás...E o que vejo a cada momentoÉ aquilo que nunca antes eu tinha visto,E eu sei dar por isso muito bem...Sei ter o pasmo essencialQue tem uma criança se, ao nascer,Reparasse que nascera deveras...Sinto-me nascido a cada momentoPara a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,Porque o vejo. Mas não penso nelePorque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele(Pensar é estar doente dos olhos)Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,Mas porque a amo, e amo-a por issoPorque quem ama nunca sabe o que amaNem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914
2 comentários:
ha, parabens girls pelas international publications espero que em breve tenha novidades...hhe depois conto q fui convidada pra escrever uma rtigo, mas em outra area.. nas ciencias da religiao,
acreditam? rs logo eu,...rs vou falar sobre a questao da transcendencia no cyberpunk :)
Paulinha, nossos nomes e nosso título imenso para esta publicação estão no site do Intercom. É só clicar na capa do Anuário Internacional de Comunicação Lusófona 2006. Bjs, S*
Postar um comentário